quarta-feira, 30 de abril de 2014

O Humor... do Prof-Folio!


AVISO DA DIRECÇÃO GERAL DE SAÚDE

Pede-se à população que use máscaras nas próximas semanas, pois aproxima-se uma nuvem de pó e um cheiro nauseabundo a naftalina, causada por milhares de cachecóis e camisolas do Benfica que estão a ser retirados dos armários. Especial atenção para as crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios, que deverão evitar sair à rua.

A boa noticia é que este fenómeno só acontece de 3 ou de 5 em 5 anos.

Por favor passem o aviso, pela nossa saúde.

Fonte: Enviada por e-Mail

sábado, 26 de abril de 2014

A Culinária... do Prof-Folio

Waffles (com a Bimby)

Hoje trago-vos uma receita de Waffles.


Ingredientes:

2 ovos
250g de leite
75g de manteiga
20g de açúcar
1 pitada de sal
180g de farinha
2 colheres de chá de fermento
1 colher de chá de essência de baunilha

Preparação:

Separar as gemas das claras. Bater as claras em castelo. Poderá fazê-lo no copo da bimby, para isso bastará colocar a borboleta e bater as claras e o sal 2 min./Vel.3.

Retirar a borboleta, retirar as claras e reservar.

Lavar o copo e secá-lo para o próximo passo.
No copo, junte as gemas, o leite, a manteiga, o açúcar e a baunilha e programe 4 Min/70º/Vel.4.
Adicione a farinha e o fermento e programe 15 Seg./Vel.3.
Junte este preparado às claras e envolva com uma espátula.

Poderá fazer esta massa sem Bimby, para isso basta seguir todos os passos, só que na batedeira.



Esta receita rende 10 Waffles.

Poderá cobrir com o que quiser. Manteiga e mel, compotas, chocolate, canela, etc...
Fica ao seu critério e gosto.

Eu pessoalmente aconselho ...leite condensado e caramelo!

Ser professor é um inferno


A escola já não perde tempo a fazer aprender, alerta o professor e pedagogo Sérgio Niza.
Alunos sem esperança, professores ansiosos, ensino bafiento e uma escola que não serve os interesses das crianças e jovens nem os do país. Sérgio Niza dedicou a vida à educação e não se conforma com o estado a que a escola portuguesa chegou. Mas há soluções, diz ele.

Professores insatisfeitos, pais preocupados e alunos que acham as aulas uma maçada. O que é que se passa com a nossa escola?

Esse é o retrato da escola portuguesa e da generalidade das escolas dos países ocidentais devido à forma de organização do trabalho. A estrutura de ensino simultâneo – todos a aprender a mesma coisa ao mesmo tempo – vem do século xvii e ainda perdura apesar de se saber desde os anos vinte do século xx que é um modelo esgotado. O professor dá uma lição, depois faz uma pergunta, escolhe um aluno para responder e avalia o trabalho substancial que é feito em casa. O principal problema da escola está neste modelo de não-comunicação em que o professor usa mais de três quartos do tempo da aula para falar sem que os alunos participem ou estejam envolvidos. Assim não há diálogo possível. Poderá algum jovem ou criança suportar isto?

Não é a melhor metodologia para aprender, certo?

Hoje, graças à investigação, sabemos que se aprende dialogando, falando e escrevendo o conhecimento científico e cultural que se estuda na escola. Devemos contar com a inteligência, os saberes e a colaboração dos alunos e os currículos não devem ser um segredo, devem ser eles a geri-los em conjunto com os professores. Persistir neste modelo de não-comunicação equivale a continuar a encarcerar alunos e a impedir a sociedade e as pessoas de se aproximarem da escola.

A escola não está adaptada à sociedade do século XXI?

Nenhuma outra organização humana resistiu a tanta história e a tanta mudança como a escola, que funciona do mesmo modo há séculos. Hoje temos mais consciência de que a escola, como instrumento ao serviço do desenvolvimento humano, da sociedade, da economia e da cultura, já não serve.

Portugal está ao mesmo nível dos países europeus ou pior?

A nossa desgraça é que estamos sempre muito atrasados. Quando implementamos políticas que foram experimentadas noutros países, fazemo-lo fora do tempo. A escola portuguesa está esclerosada, está desfasada do tempo histórico. Não corresponde às vivências, necessidades e esperanças dos alunos e das pessoas em geral.

Em suma, qual é a sua maior preocupação com a escola portuguesa?

Não temos uma escola democrática, os alunos não participam na organização das aprendizagens e no ensino. Quatro décadas depois do 25 de Abril, lamento que os governantes não tenham aprendido que a melhor maneira de competir é pela cooperação – os desportistas de equipa, por exemplo os futebolistas, sabem-no bem. Ao invés, nós pusemos os alunos a competir com os colegas e os professores uns com os outros, o que empobrece o trabalho realizado. Esta ideia de transformar a escola, que deve ser um centro vivo de cultura, numa empresa é uma ilusão perigosa. E o sistema de vigilância e punição que está a montar-se para alunos e professores vai tornar a escola ainda mais desumana do que já é.

A escola está a formatar crianças e jovens?

Completamente. A escola não perde tempo a fazer aprender. Cada vez mais, o que se sugere aos professores é que debitem a matéria, que vigiem e que penalizem os alunos que não aprendem por si ou com as famílias procedendo à sua retenção ou sujeitando-os a fileiras secundárias de ensino precário, como acontece com a introdução do ensino vocacional, que poderá por lei vir a atingir alunos do primeiro e segundo ciclos, o que é desde já sentido por todos como uma nova via de castigo ou de discriminação.

Mas do professor o que se espera é que transforme alunos com dificuldades em alunos tão bem sucedidos como os outros…

As famílias e a sociedade deviam pressionar os professores para que assim fosse. Mas as políticas atuais parecem preconizar que o modo tradicional de trabalhar é que é bom. E assim as crianças e jovens que têm dificuldades vão continuar a ser excluídos. Da escola e da sociedade. E, no entanto, a Direção-Geral da Educação acabou de fazer um estudo sobre os percursos curriculares alternativos e concluiu que a inserção dos alunos nessas turmas especiais não se traduz numa recuperação das aprendizagens e que são residuais os casos de reingresso no ensino regular. Ora, eu pergunto: se é assim, porque se continua a apostar no mesmo? Sabem o que vai acontecer a estes jovens? Vão perder-se em outros percursos igualmente alternativos e vão continuar a ser tratados como portugueses de segunda.

Porque é que os professores não mudam as práticas dentro da sala de aula?

Os professores foram ensinados de determinada maneira e tendem a replicar o modelo que conhecem. Por outro lado, esta forma de estar na escola tornou-se tão natural que alguns professores até pensam que é a única. Mas não. Temos de ter consciência do que se passa na generalidade das escolas para perceber porque fracassámos e querer mudar. Porque há soluções.

Quais são?

Temos de substituir as soluções únicas da velha escola tradicional, reforçada agora por soluções de empobrecimento cultural inspiradas na América dos anos de 1980, por uma gestão comparticipada dos programas, pela entreajuda entre alunos, pela individualização de contratos de aprendizagem e uma forte colaboração que forme para a cidadania democrática. Alguns professores já o fazem hoje e devem continuar até que respeitem os seus direitos profissionais.

Os bons professores estão acomodados?

Chegámos a um ponto em que até os bons professores que se mantêm no ensino temem ficar desempregados e o país corre o risco de que se tornem uns cordeirinhos, que obedecem cegamente às manipulações da administração. Os professores estão muito ansiosos, já não querem gastar tempo a falar de estratégias de ensino que melhorem as aprendizagens porque também eles estão obcecados com a avaliação. A que têm de fazer constantemente aos alunos e a avaliação final de ciclo, externa às escolas. Além disso, eles também vão ser examinados através dos resultados dos alunos, por via da avaliação do desempenho. É um inferno ser professor neste contexto.

Discorda da avaliação do trabalho dos professores?

Não, o trabalho dos professores é pago por todos nós e deve ser avaliado. Mas uma coisa é avaliar o conjunto do trabalho do professor, incluindo a sua atitude no seio de uma equipa pedagógica, outra coisa é avaliar o professor como se faz com qualquer outro funcionário público. É que a natureza do trabalho dos professores é muito particular por ser crucial para o desenvolvimento humano, a preservação e a renovação da herança cultural.

Foram publicadas as metas curriculares para o ensino básico. É caso para dizer que finalmente haverá objetivos de aprendizagem claros e autonomia para os professores?

Nem pensar. As metas servem a atual espinha dorsal da escola, que passou a ser o seu controlo. Não têm nada de novo, apenas servem para examinar e vigiar. As metas desviam-se dos programas em vigor mas isso é indiferente para o ministério pois os professores sabem que para alcançar resultados têm de olhar para as metas tendo-as em conta como o novo currículo.

As novas metas não servem os interesses dos alunos nem dos professores?

O discurso oficial é que sim, que servem. Mas não é verdade, não servem porque empobrecem o curriculum, o trabalho intelectual dos professores e dos alunos. Estas metas não trazem uma vantagem cultural e de socialização acrescida às aprendizagens, à escola e à sociedade.

Que apreciação faz do trabalho do ministro Nuno Crato?

Este ministro aparenta estar absolutamente convencido de que está a fazer o melhor, mas ele não é um homem da educação. Até presumo que tenha sido escolhido por ser um bom comunicador político – ele tinha uma receita conservadora de reforço do ensino tradicional, e conseguiu passá-la nos media – e é economista com especialização em estatística – o que é importante para fazer contas e tornar a educação mais barata. Infelizmente, o senhor ministro não tem uma cultura acrescentada sobre a escola nem um conhecimento, para além do senso comum, sobre educação.

Quem é Sérgio Niza

Sérgio Niza foi professor do ensino primário, de educação especial e universitário. O trabalho de investigação e o seu pensamento como pedagogo é reconhecido no país e no estrangeiro. Fundou o Movimento da Escola Moderna portuguesa e já foi membro do Conselho Nacional de Educação.

We are Happy from Castelo Branco (Portugal)


Recriação do videoclip "Happy"- Pharrell Williams no âmbito da disciplina de Captação e Edição de Imagem II

Captação de Imagem: Ana Marques, Carla Aziago, Daniel Alves, Luís Dias
Edição de Imagem: Carla Aziago

Castelo Branco, Portugal
Escola Superior de Artes Aplicadas

sexta-feira, 25 de abril de 2014

RIP Tito Vilanova


Morreu esta sexta-feira, aos 45 anos, o antigo treinador do Barcelona Tito Vilanova.

Tito lutava há mais de dois anos contra um cancro, tendo inclusivamente deixado de treinar aquele clube, pois o seu estado de saúde não lhe permitia exercer essas funções.

Estava internado após ser operado de urgência...

Tanto mar







Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo pra mim

Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim

Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também que é preciso, pá
Navegar, navegar

Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim

Chico Buarque
(Primeira versão, 1975)

Fonte: Facebook

Publicidade... Criativa...

A maldição de Marcello Caetano sobre o 25 de Abril de 1974

"Em poucas décadas estaremos reduzidos à indigência, ou seja, à caridade de outras nações, pelo que é ridículo continuar a falar de independência nacional. Para uma nação que estava a caminho de se transformar numa Suiça, o golpe de Estado foi o princípio do fim. Resta o Sol, o Turismo e o servilismo de bandeja, a pobreza crónica e a emigração em massa."

"Veremos alçados ao Poder analfabetos, meninos mimados, escroques de toda a espécie que conhecemos de longa data. A maioria não servia para criados de quarto e chegam a presidentes de câmara, deputados, administradores, ministros e até presidentes de República."

Foto: A maldição de Marcello Caetano sobre o 25 de Abril de 1974:

"Em poucas décadas estaremos reduzidos à indigência, ou seja, à caridade de outras nações, pelo que é ridículo continuar a falar de independência nacional. Para uma nação que estava a caminho de se transformar numa Suiça, o golpe de Estado foi o princípio do fim. Resta o Sol, o Turismo e o servilismo de bandeja, a pobreza crónica e a emigração em massa."

"Veremos alçados ao Poder analfabetos, meninos mimados, escroques de toda a espécie que conhecemos de longa data. A maioria não servia para criados de quarto e chegam a presidentes de câmara, deputados, administradores, ministros e até presidentes de República."

Fonte: Facebook

O 25 de Abril não é só da esquerda!


Bem sei que a história é sempre contada pelos vencedores, mas a ideia de que o 25 de Abril é um golpe de esquerda não é verdadeira.
Aliás, o 25 de Abril nem sequer é uma revolução, pois essa só começa mais tarde, a 11 de Março de 1975.
Na verdade, o 25 de Abril é apenas um golpe militar contra o poder político do Estado Novo, e nem sequer é a esquerda que fica a mandar no país depois desse golpe.

Quem é o primeiro presidente da República da nova democracia, gerada no dia 25 de Abril?
É o general Spínola! Sim, esse mesmo, que era o vice-chefe de Estado-Maior General do... Estado Novo!
Tinha-se demitido um mês antes, mas era um dos militares com mais prestígio no regime de Salazar.

Ou seja, o primeiro presidente da República que o golpe militar produz é um dos chefes, e símbolos, militares da ditadura!

Spínola, como todos sabem, não era um homem de esquerda, antes pelo contrário.
As suas ideias eram contrárias à descolonização, defendia um Estado Federal onde as colónias estavam ao mesmo nível da metrópole, e defendia uma democracia com limites.
Porém, é ele que todos escolhem para ser o primeiro presidente da nova República, nos dias seguintes ao golpe militar.
E digo todos porque foram mesmo todos.
No movimento dos capitães de Abril, havia muitos de "direita", como havia muitos outros que eram de "esquerda".
Na Junta de Salvação Nacional, um dos elementos escolhidos é Galvão de Melo, um general que nunca foi de esquerda.
E, quando o MFA se constitui originalmente, a ala dos militares de direita, apoiantes de Spínola, está lá representada em força.

Portanto, a conclusão que se deve retirar é que o golpe militar de 25 de Abril não é um golpe de esquerda.
É um golpe dos militares contra os políticos do Estado Novo, mas os militares são, nesse momento, de esquerda e de direita.
E podemos mesmo dizer que, nos primeiros meses a seguir ao golpe, quem domina a chefia do Estado é a direita, com Spínola, e não a esquerda.
É claro que, rapidamente, o processo político se descontrola e a direita militar de Spínola vai perder a liderança.
O general do monóculo virá a demitir-se depois de 28 de Setembro de 1974, e cairá em desgraça a 11 de Março de 1975, quando é obrigado a sair do país e vai exilado para Espanha.
É nesse momento que a direita militar se desliga da revolução, e que esta começa.

É só depois do 11 de Março que aparecem as nacionalizações, a ocupação do Alentejo com a "reforma agrária", e se intensificam as vagas de saneamentos e prisões. 
Aí sim, a revolução começa, liderada pela extrema-esquerda de Otelo, Rosa Coutinho e Fabião, e com o apoio atento de Cunhal.
O 11 de Março é que é a revolução de esquerda, o 25 de Abril não é.
Era bom que a esquerda percebesse que o golpe militar teve o apoio da direita, e não se julgasse a "dona exclusiva" da democracia.
Este regime é de todos, não é só de alguns.

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